Agora é minha vez de comentar sobre a morte, tema de discução da grande maioria dos filósofos.
Começarei com a introdução do livro: Dicionario ilustrado das Religiões
Nós, viventes, não sabemos o que nos espera depois da morte. Os crentes de todos os tempos refletiram muito sobre o que vai acontecer. Seremos julgados? Seremos recompensados pelas nossas boas ações? Receberemos castigo pela má conduta? Há outra vida após a morte? Vamos para a mansão dos mortos ou para o céu com Deus? Os mortos tornarão a viver em outro corpo?
Muitos se apóiam nos ensinamentos de sua religião.
Nas religiões gregas houve diversas opiniões a respeito do além-túmulo. O reino de Hades era um abismo sombrio debaixo do chão. A Ilha dos bem-aventurados, entretanto, era representada como um lugar onde sempre brilha o sol e reina a alegria. Também os celtas conheciam um lugar paradisíaco a que chamavam de Avalon. De primeiro os israelitas não acreditavam numa vida após a morte. Para eles a morte era o fim da vida. As almas vagavam num mundo subterrâneo, longe de Deus. Com o passar do tempo criaram novo conceito: as almas dos mortos vão para Deus e lá continuam vivendo. A esperança de uma ressurreição de todos (que começou com Jesus), é agora o ponto central da Fé cristã. Jesus de Nazaré, executado na cruz, foi ressuscitado por Deus e vive com ele. Este “estar com Deus” freqüentemente é chamado céu pelos cristãos. Quem não quiser ir para Deus após a morte, porque persiste na vida má, encaminha-se para o inferno. Inferno é a separação de Deus. Antigamente os cristãos imaginavam o inferno um lugar extremamente quente, fétido e doloroso.
- Também os muçulmanos acreditam numa vida após a morte. Quem viveu conforme a vontade de Deus, vai para o paraíso, onde tudo é bom. As religiões monoteístas acreditam numa vida eterna face a face com Deus. - Os hindus e budistas acham que juntamos carma bom e mau durante a vida. Se ele tiver suficiente carma bom, poderá unir-se com o Brahman e diluir-se no nirvana. Mas enquanto existir, deverá passar por diversas vidas.-Dicionario ilustrado das Religiões
Enfim,desde os primórdios criamos hipóteses do que aconteceria depois da morte.
Mas para entendermos a morte,temos que primeiro pensar na vida.
Qual a função da vida !? (se é que existe uma função,ou significado)
Por essa pergunta, muito sobre a morte pode ser respondido ou ao menos intuido.
À nossa volta, a vida tem por postura primária impulsionar tudo dentro de uma rota evolutiva. As espécies evolucionam, os compostos evolucionam, os planetas e galáxias seguem o mesmo caminho, evolucionam. Ora, mas para onde e por quê?
Dentro deste contexto evolutivo, qual a função disso na nossa vida?
Seria eu um composto bioquímico errante que a vida apenas usa para evolucionar a ela mesma-visto que a vida evoluciona-, ou seria eu um ente que caminha em paralelo com essa evolução?
Digo, se há um ponto que a vida visa atingir e pela busca deste ela evoluciona por si e para si somente, então somos mesmo entes errantes, e toda a sorte de pensamentos, filosofias, ética, cultura e produção intelectual humana são meros devaneios que não encontram justificativa em si mesmos. São apenas reflexos de achismos que se alternam na linha do tempo segundo a cultura e civilização de determinada época.
Dentro dessa lógica, já que a vida evoluciona e criou neste evolucionismo o homem, parece, ou ao menos é tentador pensar, que há um propósito no "homem" que seja pouco mais que sermos reações químicas e físicas.
Quero que fique claro, e é necessário atenção com a linha de raciocínio, que se a vida nos "usa" apenas como consequência da evolução dela mesma, não somos diferentes de pedras e objetos que estamos aqui apenas para "decorar" o palco evolucionista que, neste caso,não nos pertence ou engloba...
Sim, tendo essa visão, somos mesmo errantes e errados em todas as afirmções que fazemos. Mas será que, a vida, que evoluciona estaria errada criando criaturas que parecem "dialogar" com ela,a vida?
Parece, já que somos fruto de um evoluir da vida, que há uma razão maior em nosso surgimento e evolução. Ora,se eu morrer agora, exatamente agora, e não houver vida pós morte? Eu terei evoluido eu por eu mesmo?
Mas se não há vida pós morte,eu não carregaria a evolução por mim mesmo, não me lembraria de ter evoluido e nem mesmo saberia que vivi. Na verdade, é como se eu não tivesse feito nada, pois quando morto, tudo seria apagado. E isso, filosoficamente falando, é como se eu não tivesse existido. Então, mais uma vez cairiamos na afirmativa de que somos apenas errantes e fruto do acaso e como acaso, tudo o que pensamos é mero caos compartilhado e acreditado, digo, convenções aceitas, como num hospício há as suas "loucas" convenções aceitas.
Parece estar implicito que há vida pós morte. O como ela é e para onde leva, qual o sistema e suas leis, isso é outra discussão que religião ou filosofia alguma no mundo ainda pode responder plenamente. Porém, é necessário saber,que apontam sim (religião e filosofias) pontos que merecem investigação. Quem é aqui a autoridade para dizer que não?
Resumindo esse placebo (?): Ou existe vida após a morte ou estou eu,agora, já, morto.
Ou seria isso tudo um sonho dentro de um sonho,dentro de um sonho?
Uma vez escutei que a vida e a morte são portais de realidades que nos direccionam para realidades diferentes em que nós viajamos e aprendemos. Logo, não estamos vivos, nem mortos, estamos viajando e chega a um ponto do caminho que precisamos passar por um processo (nascer ou morrer) no qual somos arremetidos para realidades diferentes que apesar de tudo na essência nos mostra como somos os mesmos e que a eternidade do espírito nos é dada e deve ser utilizada com maturidade. Com o tempo adotamos essa ideia e entendemos que nós somos tudo e tudo está em nós, tendo a sua particularidade.
Talves a resposta esteja enterrada em nossa consciência e o escasso intelecto humano não é ainda capaz de desenterra-la.
Porto



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